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HE e imunohistoquímica. |
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Masculino,
28 anos.
Para história clínica, exames de imagem e comentários, ver a página de neuroimagem. Nesta página:
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Fotos em aumento panorâmico (obj x 4) em HE, e imunohistoquímica para GFAP (astrócitos) e CD68 (micróglia). |
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HE
Córtex cerebral. Em HE, é
difícil notar a lesão neste aumento
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GFAP
Em imunohistoquímica para GFAP, o centro da lesão, que corresponde a necrose, aparece em claro, porque aí os astrócitos foram destruídos. A periferia é mais corada, notando-se já neste aumento astrócitos hipertróficos (gliose). |
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CD68
Em imunohistoquímica para CD68, o aspecto é oposto ao visto com GFAP. CD68 marca macrófagos, derivados da micróglia ou de monócitos do sangue. Estes são numerosos no centro da lesão, onde fagocitam restos necróticos. Não são notados nas áreas periféricas não necróticas. |
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HE - Córtex normal, fora da área lesada. Notam-se neurônios piramidais com citoplasma basófilo bem delimitado, de contorno triangular, núcleo grande e vesicular, com cromatina frouxa e nucléolo evidente. | |
HE - Lesão. Na lesão há necrose recente de neurônios, tumefação e proliferação das células endoteliais dos capilares, presença de células grânulo-adiposas e astrócitos gemistocíticos. | |
Neurônios necróticos, com núcleo reduzido de volume, perda da estrutura da cromatina e desaparecimento do nucléolo. O citoplasma é fortemente eosinófilo. | |
Comparação | |
Neurônios necróticos | Neurônios normais |
Proliferação endotelial. Células endoteliais dos capilares na área lesada estão aumentadas em número, com tumefação nuclear e afrouxamento da cromatina. Os capilares passam a ser mais visíveis que o habitual. | |
Células grânulo-adiposas. São macrófagos, oriundos de transformação de células da micróglia pré-existentes ou de monócitos do sangue. Fagocitam restos necróticos. Destacam-se pelo citoplasma róseo, de contorno arredondado e bem delimitado. |
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Astrócitos gemistocíticos. São astrócitos hipertróficos reativos à lesão, que formarão a cicatriz glial ou gliose. Destacam-se pelo citoplasma róseo homogêneo e abundante e núcleo excêntrico. O núcleo tem cromatina frouxa e fina, como os astrócitos normais. Pode haver um pequeno nucléolo, indício de síntese proteica em andamento. No caso, o astrócito está produzindo uma maior quantidade de GFAP (proteína glial ácida fibrilar), um filamento intermediário e componente do citoesqueleto. Esta proteína existe normalmente nos astrócitos, sendo característica deles. Quando há lesão, o astrócito produz mais GFAP, o que faz parte do processo de gliose. | |
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GFAP - Substância branca normal. - Astrócitos fibrosos. Caracterizam-se por prolongamentos menos delicados e ramificados, mais espessos e retilíneos que os dos astrócitos protoplasmáticos. São encontrados na substância branca normal, entre os axônios e as outras células gliais, principalmente oligodendrócitos. | |
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Relação dos astrócitos fibrosos com capilares. Os astrócitos fibrosos normais têm relação com capilares semelhante ao já descrito para os protoplasmáticos (acima). | |
GFAP
- Lesão. - Astrócitos gemistocíticos. Esta
pequena lesão isquêmica (de causa embólica) é
útil para mostrar as células astrocitárias reativas.
No centro da lesão não há mais astrócitos.
Os que havia morreram por conta da isquemia, que foi muito intensa neste
local. Já na periferia da lesão a isquemia não foi
tão intensa, e os astrócitos sobreviveram. Estes sofrem hipertrofia,
constituindo os astrócitos gemistocíticos, já demonstrados
em HE, acima.
Os astrócitos gemistocíticos podem originar-se tanto por reação dos astrócitos protoplasmáticos como dos fibrosos. No caso, devem provir dos astrócitos protoplasmáticos, pois a lesão está no córtex. A morfologia dos astrócitos gemistocíticos lembra mais a dos astrócitos fibrosos. Têm prolongamentos grossos e retilíneos, e corpo celular mais volumoso que o dos astrócitos normais. Alguns são binucleados. Os astrócitos gemistocíticos lançam prolongamentos a vasos, como os normais. |
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VIM - Córtex normal. O filamento intermediário vimentina ocorre em astrócitos, como a GFAP. Ao contrário da GFAP, porém, é inespecífico, sendo observado em muitos tipos celulares de várias origens. No SNC, é expressado principalmente por células dos vasos, inclusive endotélio. Por isso, a reação para vimentina é útil para mostrar as relações dos astrócitos com capilares. O resultado da reação é semelhante ao já visto com GFAP, exceto que os capilares e vasos maiores se coram. A morfologia dos astrócitos é superponível ao já demonstrado com GFAP. | |
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VIM - Substância branca normal - Astrócitos fibrosos | |
VIM - Lesão - Astrócitos gemistocíticos na periferia. | |
VIM - Lesão. Área central sem astrócitos, com células grânulo-adiposas. As células grânulo-adiposas são macrófagos e, como muitos outros tipos celulares, são positivas para vimentina (marcação citoplasmática). Os astrócitos desapareceram na área central porque aí a isquemia é mais forte. Só sobrevivem os macrófagos, que fazem a remoção do tecido necrótico, resultando posteriormente em uma cavidade. | |
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CD68 - Córtex normal. CD68 é um antígeno expresso por macrófagos. A micróglia normal é constituída por células do sistema retículo-endotelial, residentes entre as outras células do SNC, neurônios e glia. Neste material vemos células morfologicamente compatíveis com micróglia no córtex, com marcação citoplasmática para CD68. Têm núcleo alongado em forma de vírgula e citoplasma formando prolongamentos que saem dos polos do núcleo. | |
CD68 - Lesão. A lesão isquêmica leva à ativação das células microgliais existentes e atrai monócitos do sangue. Com CD68, a área lesada destaca-se pelo grande número de células marcadas. Algumas conservam a forma de micróglia normal com prolongamentos, outras (células grânulo-adiposas) têm contorno arredondado, como macrófagos em outros tecidos, notando-se também formas intermediárias. Nestas, os prolongamentos celulares se mostram mais espessos e curtos que na micróglia normal. | |
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Neuropatologia Geral, Infartos. |
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