Lâm.
A. 284. Leucemia linfóide crônica. A
leucemia
linfóide crônica (LLC) e o linfoma linfocítico
são basicamente a mesma doença, cuja incidência maior
é em adultos, geralmente acima dos 50-60 anos. Há proliferação
de linfócitos de aspecto maduro, bem diferenciado, que infiltram
linfonodos, baço (polpa branca e vermelha), fígado
(preferência pelos espaços portais) e a medula óssea.
Se há células neoplásicas no sangue circulante (linfocitose
de 4.000 células por mm3 ou maior) fala-se em LLC. Se não,
o diagnóstico é linfoma não-Hodgkin linfocítico
(considerado de baixo grau de malignidade, ver outros linfomas adiante).
É bem mais comum a apresentação como leucemia, sendo
a LLC a leucemia mais comum de adultos nos países ocidentais (mais
rara no Oriente). Já o linfoma linfocítico constitui apenas
4% dos linfomas não-Hodgkin.
Clinicamente, a doença é indolente e muitos pacientes são
assintomáticos. Sintomas incluem fadiga, perda de apetite e de peso.
Aumento de volume dos linfonodos (linfadenopatia ou linfadenomegalia) e
hepatoesplenomegalia ocorrem em 50-60% dos casos. A contagem de células
no sangue periférico pode ser normal ou chegar a 200.000 por mm3.
O curso e prognóstico são muito variáveis. Tipicamente
a sobrevida é de 4 a 6 anos, mas pode ser de 10 anos ou mais. Um
fator de piora prognóstica é a transformação
da LLC em tipos mais agressivos, como a transformação prolinfocítica
(15 a 30%) ou para linfoma difuso de grandes células B (chamada
síndrome de Richter, 10%). |