Leucemia  linfóide  crônica ou Linfoma linfocítico  Lam. A. 284

 

 
Na panorâmica, há perda da arquitetura do linfonodo, com ausência de diferenciação entre zonas cortical e medular e desaparecimento dos folículos linfóides.  Isto se deve à presença de abundantes pequenos linfócitos de aspecto monótono, que substituem as estruturas normais.  Os linfócitos infiltram também o hilo do linfonodo (embaixo). 

 
 
OBLITERAÇÃO  DA  ARQUITETURA  LINFONODAL.  A infiltração neoplásica dá aspecto difuso, homogêneo ao corte. Os linfócitos tumorais são morfologicamente muito semelhantes aos normais. A cromatina é densa, nucléolos são pouco evidentes e não são encontradas mitoses.

 
 
INFILTRAÇÃO DO TECIDO ADIPOSO HILAR. As células neoplasicas infiltram a região do hilo do linfonodo, onde há adipócitos.



 

 
Na panorâmica, observam-se focos extensos, por vezes confluentes, de infiltração do parênquima hepático por pequenos linfócitos neoplásicos. O aspecto destes é virtualmente o mesmo observado no linfonodo (acima): são monótonos e mitoses são extremamente raras. No fígado, a leucemia linfóide crônica tem predileção por espaços portais.  Neste caso, a LLC complicou-se com uma doença granulomatosa, provavelmente tuberculose (ver abaixo)

 
 
INFILTRAÇÃO NEOPLÁSICA DOS ESPAÇOS PORTAIS 

 
 
INFLAMAÇÃO GRANULOMATOSA  (presumivelmente tuberculose).  Não faz parte do quadro da LLC, tendo sido achado de autópsia. Pode ter sido facilitada por queda da resistência imunológica pela neoplasia.

 
Lâm. A. 284.  Leucemia linfóide crônica.   A leucemia linfóide crônica (LLC) e o linfoma linfocítico são basicamente a mesma doença, cuja incidência maior é em adultos, geralmente acima dos 50-60 anos. Há proliferação de linfócitos de aspecto maduro, bem diferenciado, que infiltram linfonodos, baço (polpa branca e vermelha), fígado  (preferência pelos espaços portais) e a medula óssea.  Se há células neoplásicas no sangue circulante (linfocitose de 4.000 células por mm3 ou maior) fala-se em LLC. Se não, o diagnóstico é linfoma não-Hodgkin linfocítico (considerado de baixo grau de malignidade, ver outros linfomas adiante).   É bem mais comum a apresentação como leucemia, sendo a LLC a leucemia mais comum de adultos nos países ocidentais (mais rara no Oriente). Já o linfoma linfocítico constitui apenas 4% dos linfomas não-Hodgkin. 
            Clinicamente, a doença é indolente e muitos pacientes são assintomáticos. Sintomas incluem fadiga, perda de apetite e de peso. Aumento de volume dos linfonodos (linfadenopatia ou linfadenomegalia) e hepatoesplenomegalia ocorrem em 50-60% dos casos. A contagem de células no sangue periférico pode ser normal ou chegar a 200.000 por mm3. O curso e prognóstico são muito variáveis. Tipicamente a sobrevida é de 4 a 6 anos, mas pode ser de 10 anos ou mais. Um fator de piora prognóstica é a transformação da LLC em tipos mais agressivos, como a transformação prolinfocítica (15 a 30%) ou para linfoma difuso de grandes células B (chamada síndrome de Richter, 10%). 

 
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