Meningioma  da  região selar
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Fem.  65 a.  Sem história clínica. 

 
RESSONÂNCIA  MAGNÉTICA
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CORTES SAGITAIS mostram lesão selar e supraselar sólida e homogênea, com isosinal em relação ao córtex em T1 sem contraste (coluna da E.), mas que se impregna fortemente pelo contraste paramagnético (coluna da D.).  O tumor tem como centro a apófise clinóide anterior E. Preenche a sela turca e apresenta expansão supraselar maior à E (ver cortes axiais, no próximo quadro), comprimindo as estruturas e causando hidrocefalia supratentorial.  O aqueduto de Sylvius e o IV ventrículo têm dimensões normais. O tumor já havia sido operado, e as áreas de hiposinal na face mesial do lobo frontal representam seqüelas cirúrgicas. O seio esfenoidal (preenchido por ar, portanto com ausência de sinal) não está invadido pelo tumor.  Áreas irregulares de hiposinal intratumorais provavelmente representam calcificações. Há uma orla de líquor peritumoral, indicando sua natureza extraaxial.  Como diagnósticos diferenciais é necessário pensar em macroadenoma hipofisário (difícil a distinção pela imagem) ou metástase. 
T1  SEM  CONTRASTE T1  COM  CONTRASTE
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CORTES  AXIAIS 
 
T1  COM  CONTRASTE mostra o tumor na sela turca e região supraselar, crescendo na fossa posterior, na cisterna prépontina, chegando até a borda da ponte, que está um pouco deformada. Penetra no seio cavernoso E envolvendo a carótida, e chega até o foramen óptico. Comprime o lobo temporal E, onde há hidrocefalia do corno inferior do ventrículo lateral. A lesão com hiposinal no polo temporal D pode corresponder a um cisto aracnóideo. 

No corte mais cranial (2a. fileira), nota-se atrofia dos giros retos (seqüela cirúrgica) e o cisto arracnóideo temporal D.  Há infiltração da porção medial da pequena asa do esfenóide. O esfenóide normal (mais lateral) aparece como uma linha de ausência de sinal. No local infiltrado há borramento desta linha. 

Este outro detalhe do corte acima mostra a  cauda dural do meningioma: impregnação da dura que sai da lesão e contorna a pequena asa do esfenóide. A pequena asa aparece com ausência de sinal (pois se trata de osso). A cauda dural é considerada uma lesão reacional, não tumoral. O tumor avança anteriormente para as células etmoidais posteriores (há, portanto, extensão extracraniana). 
 
T2  com  supressão  da  gordura (técnica para reduzir o sinal do tecido adiposo orbitário e visualizar o nervo óptico)

Na fig à E, o tumor aparece com isosinal, ocupando a sela turca e invadindo o seio cavernoso E. A porção intracavernosa da carótida está retificada e envolta por tumor. No polo temporal D nota-se um cisto aracnóideo como área de hipersinal forte (= água livre).  Comparando-se os dois nervos ópticos, nota-se no nervo óptico E aumento na quantidade de líquor dentro da baínha e redução na espessura do nervo, em relação ao lado D.  Isto se deve à compressão do foramen óptico pelo tumor, que causa um mecanismo de válvula, permitindo ao líquor entrar, mas não sair. A compressão do nervo pelo manguito de líquor pode causar atrofia e levar à cegueira. No caso, o nervo E já está um pouco atrófico. 

Na fig à D, a área triangular com hiposinal dentro do tumor pode corresponder a calcificação, ossificação ou infiltração óssea pelo tumor, levando a hiperostose. Trajetos sinuosos de hiposinal também dentro do tumor correspondem a vasos calibrosos (flow void). As áreas atróficas na base dos lobos frontais e no polo temporal aparecem com hipersinal devido ao acúmulo de líquor. A A. cerebral média D pode ser observada.

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CORTES  CORONAIS, T1  COM  CONTRASTE. 

Na fig. à E, o tumor cresce no interior do seio cavernoso E, envolvendo a carótida, que aparece como uma faixa estreita de ausência de sinal. Outra área maior lateral de ausência de sinal corresponde a calcificação. A carótida D é normal e é notada pela ausência de sinal (ver indicações nas figuras embaixo). Entre o tumor e o cérebro comprimido há uma fina orla de líquor (aparece como uma linha estreita de ausência de sinal).  Os ventrículos laterais estão dilatados e deslocados pelo tumor. Há uma dilatação da cisterna silviana atribuível ao cisto aracnóideo já descrito. 

Na fig. à D, observa-se o tumor crescendo na sela turca, onde substituiu a hipófise. Há continuidade direta com outra área de hipersinal, correspondendo à gordura do seio esfenoidal. Aí não é possível dizer se há tumor ou não. Há dilatação da cisterna silviana e o lobo temporal D. está menor neste corte porque está deslocado. Ambas alterações podem ser atribuídas ao cisto aracnóideo. 


 
Características de imagem do 
meningioma
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