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3. IH para marcadores gliais, Ki-67 |
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Masc., 35 a. Clique para ressonância magnética, HE, marcadores neuronais, CD34. |
GFAP. A imunohistoquímica para GFAP (proteína glial ácida fibrilar, um filamento intermediário próprio de astrócitos), mostra considerável quantidade de elementos marcados neste neurocitoma central. Há células positivas, ao que parece pertencentes à neoplasia, pelo menos na maioria. Além disso, observam-se finos prolongamentos celulares cursando entre as células negativas. As pseudorrosetas de Homer Wright são também populadas por prolongamentos, cuja origem mais provável é nas próprias células tumorais que expressam GFAP. |
GFAP. Positividade em células. A grande maioria das células positivas para GFAP são pequenas, com prolongamentos curtos ou simplificados, tornando improvável que sejam células pré-existentes. Na literatura (ver texto) admite-se que parte das células do neurocitoma central pode exibir diferenciação glial, ao lado das outras, mais comuns, que têm diferenciação neuronal. Admite-se que o tumor se origine na matriz subependimária, que é um tecido primitivo na parede do ventrículo lateral. Este gera as células gliais e neuronais que vão constituir o córtex cerebral. Portanto, não seria absurdo que num tumor derivado de um tecido primitivo houvesse diferenciação divergente. Fenômeno análogo é notado nos meduloblastomas, tumores exclusivos do cerebelo. Para exemplo, clique. | |
Célula tumoral ou reacional? Quando a célula GFAP positiva é pequena, com apenas uma orla de citoplasma marcado, prolongamentos escassos ou ausentes, sentimos confiança em designá-las como pertencentes ao tumor. A semelhança do núcleo com o das células vizinhas ajuda o raciocínio. Há, porém, células maiores, com prolongamentos mais abundantes e longos. Estas deixam dúvida se seriam astrócitos pré-existentes aprisionados, ou células neoplásicas com diferenciação astrocitária excepcionalmente avançada. |
GFAP. Positividade em pseudorrosetas. O achado de que as pseudorrosetas de Homer Wright neste caso são densamente povoadas por prolongamentos GFAP positivos, portanto astrocitários, torna o presente exemplo de neurocitoma central particularmente interessante. Havíamos observado diferenciação astrocitária nas células tumorais nos vários casos já apresentados neste site, mas filamentos GFAP positivos em pseudorrosetas nunca tínhamos encontrado. Habitualmente, estas estruturas são positivas para marcadores neuronais, especialmente sinaptofisina, mas não para um marcador glial. Isto sugere que nas rosetas pode haver uma íntima coexistência de prolongamentos das duas linhagens celulares, como no tecido nervoso normal. | |
GFAP. Positividade em prolongamentos astrocitários perivasculares. Pequenos vasos no tumor freqüentemente mostram-se circundados por prolongamentos celulares GFAP positivos. Como no tecido nervoso normal há relação íntima entre os prolongamentos dos astrócitos com vasos, aparentemente estas pequenas células primitivas, mas com diferenciação astrocitária incipiente, reproduzem uma feição morfo-fisiológica dos astrócitos adultos. | |
VIM.
Os resultados com vimentina praticamente reproduzem os com GFAP acima. Há marcação de uma parcela das pequenas células tumorais, e das pseudorrosetas de Homer Wright. Os vasos sempre são positivos para vimentina, já que este filamento intermediário ubiquitário está presente nas células endoteliais. |
VIM. Positividade em células. Muitas células que podemos considerar confiavelmente tumorais marcam-se para vimentina. São células pequenas, cujos núcleos são morfologicamene muito semelhantes aos das células vizinhas não marcadas. O citoplasma é escasso e pobre em prolongamentos. Seria extremamente improvável que fossem astrócitos pré-existentes. Como neurônios não expressam este marcador, a positividade para vimentina é mais uma evidência de diferenciação astrocitária, ou seja, diferenciação divergente em um tumor de células primitivas. | |
VIM. Positividade em pseudorrosetas. O mesmo se diga da positividade nas pseudorrosetas de Homer Wright, que reproduz fielmente o aspecto já demonstrado acima com GFAP. Os prolongamentos positivos muito provavelmente se originam nas células tumorais. | |
Ki-67.
O número de núcleos marcados neste neurocitoma central foi avaliado em cerca de 3%, numa estimativa visual de vários campos, sem contagem. As fotos foram feitas nas áreas mais ricas. Mitoses são difíceis de encontrar, mesmo com este método. Comparar com a alta positividade em raros casos de neurocitoma atípico (1)(2). |
Ki-67. Núcleos aos pares. É observação comum, neste e em outros casos, marcação de núcleos de células vizinhas. Como a probabilidade de ocorrência ao acaso é muito baixa (vista a pequena percentagem de núcleos positivos), é provável que estes núcleos tenham-se originado de células que sofreram mitose recentemente, e continuam no ciclo celular para outra divisão. | |
Obs. Negativo para NF |
Caso do Hospital Vera Cruz de Campinas, gentilmente trazido em consulta e contribuído pelo Dr. Leandro Luiz Lopes de Freitas, Laboratório Multipat, Campinas, SP |
Para mais imagens deste caso, | RM | HE | IH marcadores neuronais, CD34 |
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