Cisticercose  cerebral
Forma  cellulosae
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Infestação cerebral por cisticercos na forma cellulosae, de excepcional intensidade. As larvas tomam a forma de vesículas de cerca de 0,5 a 1 cm de diâmetro, delimitadas por membrana lisa e preenchidas por líquido límpido, contendo a cabeça invaginada (escolex) da futura Taenia solium. A localização é preferencialmente na substância cinzenta, isto é, no córtex cerebral, pois os parasitas chegam por via hematogênica quando ainda muito pequenos e a substância cinzenta é muito mais vascularizada que a branca. Apesar do grande número de parasitas o tecido cerebral tem aspecto normal, mesmo na proximidade imediata deles, o que indica uma coexistência pacífica entre parasita e hospedeiro. 
Ao lado, material retirado cirurgicamente do cérebro contendo numerosos cisticercos cellulosae. Os parasitas estavam aglomerados, constituindo a forma pseudotumoral da neurocisticercose. 
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Cisticerco cellulosae no IV ventrículo. Das localizações ventriculares da neurocisticercose o IV ventrículo é a mais comum porque os foramens de Luschka e Magendie (saída deste ventrículo) são os pontos mais estreitos do sistema liquórico. 

Cisticerco cellulosae na medula espinal. Trata-se de localização excepcional. Os cisticercos chegam ao SNC por via hematogênica. Como a medula recebe apenas uma pequena fração do fluxo sanguíneo total, a probabilidade de assestamento de cisticercos é mínima. 
Escólex (à E.) e detalhe da membrana da vesícula (à D.) de um cisticerco cellulosae. As estruturas tubulares no escólex correspondem a segmentos do tubo digestivo da futura Taenia.  A membrana tem uma camada externa que faz contato com os tecidos do hospedeiro (em cima na foto). Esta superfície pode ser rica em microvilosidades (não visíveis aqui). A camada interna, mais espessa e frouxa, contém numerosos canalículos. Para mais detalhes, ver a lâmina da coleção didática A. 296

Forma  racemosa

Foto acima: cisticercos racemosos retirados dos ventrículos laterais de um caso de autópsia. Notar aspecto em cachos de uva e ausência de escólex.

Foto ao lado: cisticercos racemosos preenchem o espaço subaracnóideo de toda a face anterior do tronco cerebral, ocultando vasos e nervos. 
 

O cisticerco racemoso é outra forma de larva da Taenia solium, que difere do cisticerco cellulosae por formar vesículas semelhantes a bagos de uva e não possuir escólex. A localização preferencial é em espaços liquóricos amplos como nas cisternas da base, sulco de Sylvius e ventrículos. 
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Cisticercos no IV ventrículo. Os parasitas estão aderidos ao epêndima, causando obstrução completa do fluxo liquórico. 

Membrana de cisticerco, provavelmente racemoso, na extremidade superior do IV ventrículo.

Mesmo caso da fig. em cima à D., mostrando a dilatação do ventrículo. Notar o espessamento da leptomeninge da face anterior da ponte.

Detalhe da anterior, mostrando a leptomeningite crônica (seta) causada pelo cisticerco racemoso. 
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À E., forte espessamento fibroso da leptomeninge da base em um caso de cisticercose racemosa. A fibrose dificulta a visualização dos vasos e nervos. 
À D.,  artérias da leptomeninge na região inflamada. Há forte espessamento da íntima (endarterite produtiva) em conseqüência da inflamação crônica pelo parasita (não visível nesta foto). A íntima espessada (*) é mais pálida que a média. Há correspondente redução da luz vascular, que pode levar a infartos. Ver esta peça na coleção didática como SN-11
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Aprenda mais sobre cisticercose cerebral em:   Texto de apoio.
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