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Córtex sensitivo. Nesta preparação corada por Luxol fast blue e cresil violeta (LFB-Nissl, para procedimento técnico, clique), chama a atenção o reduzido tamanho dos neurônios em todas as camadas corticais. Células piramidais são poucas e pequenas. A grande maioria dos neurônios é do tipo granuloso, de corpo celular inconspícuo e dendritos curtos, que estabelecem conexões com células próximas. São responsáveis pelo recebimento dos estímulos aferentes que chegam ao córtex pelos axônios da radiação óptica. Estes são visíveis como colunas individualizáveis na metade inferior do córtex. Como os axônios vão terminando à medida que ascendem, nas camadas superiores restam cada vez menos, até se tornarem indetectáveis. |
Cúpula
do giro.
Nesta região recurvada do córtex, correspondendo à porção mais alta do giro, os axônios que chegam da substância branca abrem-se em leque à medida que ascendem às camadas superficiais. |
Neurônios.
No córtex visual há neurônios granulosos e piramidais, ambos pequenos, com dendritos curtos. Os axônios também são curtos, e fazem sinapse com neurônios do próprio córtex visual ou de áreas vizinhas de associação. Comparar com o córtex motor, que tem grandes neurônios piramidais ricos em corpúsculos de Nissl (estes, aqui, muito escassos). |
Neurônios granulosos. Têm corpo celular pequeno, núcleo de cromatina densa sem nucléolo e citoplasma pálido sem corpúsculos de Nissl. Estão geralmente mesclados aos neurônios piramidais, com feições semelhantes, mas distintos pelo formato triangular. Ver em HE. | |
Neurônios piramidais. Os neurônios piramidais são efetores e sua função é levar impulsos para fora daquela área de córtex. São distintos pelo contorno triangular, com um dendrito apical e dendritos basais. No córtex visual os neurônios piramidais são na grande maioria pequenos, mas há alguns maiores, inclusive com corpúsculos de Nissl distintos. Alguns mostram também grânulos de lipofuscina, o pigmento de desgaste que se acumula em neurônios ao longo da vida. Para aspecto em HE, clique. | |
Feixes
de axônios ascendentes.
Estes feixes radiais provêm da substância branca ou, mais exatamente, da radiação óptica, e dirigem-se à superfície cortical. Trazem informações sensitivas originadas no corpo geniculado lateral, e vão ramificando-se e terminando entre os neurônios granulares à medida que ascendem. |
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Em cortes oblíquos ao córtex, é mais fácil observar-se o espaçamento entre as colunas de axônios. São muito proeminentes neste córtex visual, mas mais esparsos em córtex efetor como córtex motor, ou de associação, como o córtex frontal, demonstrado abaixo. |
Axônios
mielínicos intracorticais oblíquos.
Além dos feixes radiais de axônios aferentes, há axônios mielínicos, alguns espessos, que cursam em direções perpendiculares ou oblíquas a estes. Ilustram a complexidade das conexões e associações intracorticais. |
Substância branca. A substância branca é constituída somente por axônios mielínicos e células da glia (astrócitos, oligodendrócitos e micróglia). Não contém corpos celulares de neurônios. Nas preparações com LFB-Nissl, vemos as baínhas de mielina em azul forte como diminutos tubinhos irregulares. Os axônios em si não se coram. As células da glia só são vistas pelos seus núcleos, ficando o citoplasma incolor. | |
Córtex frontal. Nesta área de córtex há muitos neurônios piramidais, com seu característico contorno triangular e dendrito apical. Não chegam a ser tão grandes como os neurônios gigantes de Betz da zona motora primária, área 4, no giro pré-central, demonstrados por HE em outra página. Há também neurônios piramidais menores, neurônios granulosos, núcleos de células da glia, e axônios mielínicos em feixes perpendiculares à superfície cortical. Vários neurônios apresentam grânulos de lipofuscina no citoplasma, como já comentado acima no córtex visual, e em HE no córtex motor. | |
Substância branca. A substância branca é composta por axônios mielínicos e células da glia. Destas, predominam os oligodendrócitos, com seus pequenos núcleos redondos de cromatina densa e halo claro perinuclear. Às vezes formam fileiras ao longo, ou em torno, de vasos. Os axônios estão densamente arranjados, em múltiplas direções e diâmetros variados. Os capilares destacam-se pelas hemácias no interior, com cor azul turquesa. A quantidade de hemácias nos capilares deste caso é acima do normal, sugerindo congestão passiva, talvez por evento agônico. | |
Agradecimentos. Processamento e cortes histológicos pelo técnico Aparecido Paulo de Moraes. Coloração LFB-Nissl pelo técnico Sérgio Roberto Cardoso. Departamento de Anatomia Patológica, FCM-UNICAMP, Campinas, SP. |
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