Cromomicose  cerebral. 
3. Grocott + verde luz;  tricrômico de Masson 
..
Clique para caso clínico, macro, HE, e Grocott + hematoxilina.  Também nesta página, tricrômico de Masson, texto sobre cromomicose
..
Grocott  +  verde  luz. 

Outro corante de fundo utilizado para a técnica de Grocott

Hematoxilina (ver página anterior) tem a vantagem de demonstrar os núcleos. 

..
..
..
Tricrômico de Masson. 

Esta coloração é útil  porque cora colágeno em azul.  Realça a cápsula fibrosa que se formou em torno da massa necrótica central.  A quantidade de fibras colágenas é proporcional à cronicidade da lesão. 

..
Tricrômico de Masson.   Há também boa visualização dos fungos, que se destacam pela cor marrom própria. 
....
Preparados nesta página pelo técnico de colorações especiais do Depto de Anatomia Patológica da FCM-UNICAMP,  Sr. Sérgio Roberto Cardoso. A ele, nossos sinceros agradecimentos. 
....
Cromomicose cerebral. 

Os fungos de cor pardacenta, pigmentados ou dematiáceos dos gêneros Phialophora, Fonsecaea e Cladosporium causam no homem duas doenças distintas e aparentemente independentes. 

A cromomicose cutânea é freqüente e predomina nos países tropicais. Caracteriza-se por extensas lesões verrucosas, de evolução crônica, envolvendo principalmente os membros inferiores (ver peça e lâmina). 

A cromomicose cerebral é rara, com poucas dezenas de casos relatados. Ocorre tanto em regiões tropicais como temperadas, com predomínio quase absoluto do gênero Cladosporium. Os pacientes não apresentam doença cutânea concomitante e não se sabe a via de acesso ao cérebro.

Cladosporiose (cromomicose) cerebral   é a infecção do cérebro por fungos pigmentados do gênero Cladosporium (o mais comum) ou, menos freqüentemente, Hormodendrum, Phialophora e Fonsecaea

Epidemiologia. Há relatos em todos continentes. Não há preferência por sexo ou raça. A grande maioria dos casos é em adultos. Na maioria, os pacientes tinham boa saúde, sem imunodepressão. Não há relação com a ocupação profissional.

A via de acesso ao SNC é desconhecida e não fica óbvia na grande maioria dos casos descritos. Postulam-se infecção por inoculação direta na pele, ou por via respiratória, com chegada ao cérebro por via hematogênica. O fungo é neurotrópico quando injetado por via endovenosa em animais. 

Macroscopia. No cérebro, as lesões afetam as meninges da base e o parênquima. As lesões cerebrais são macroscopicamente escurecidas devido ao pigmento próprio dos fungos. A cor pode até propiciar confusão com metástase de melanoma. 

Microscopicamente, todos os fungos dematiáceos (pardacentos) produzem nos tecidos hifas e formas esféricas, ambas pigmentadas. Os fungos são demonstráveis facilmente em HE devido à sua cor própria. São também positivos ao reativo de Schiff (PAS) e impregnam-se pela prata no método de Grocott.   A classificação em gêneros e espécies requer cultivo. 

Há reação granulomatosa, com numerosas células gigantes de Langhans ou do tipo corpo estranho, neutrófilos e linfócitos, e freqüentes microabscessos. O grau de fibrose perilesional está em consonância com a virulência e duração do processo.  Lesões cerebrais profundas coexistem com meningite em muitos casos, com vasculite e radiculite.  As hifas são abundantes, vistas dentro de células gigantes ou livres no tecido. Medem cerca de 4 mm de diâmetro e são claramente septadas. Ramificações são raras nos tecidos, mas facilmente demonstráveis em preparações a fresco.  Os grandes elementos esféricos (chamados ‘células escleróticas ou clamidósporos’) são geralmente menos numerosos. 

Clinicamente, os sintomas tendem a aparecer gradualmente e estender-se por vários meses até 2 anos. Há hipertensão intracraniana, sinais de localização, meningismo, febre irregular, cefaléia, náuseas, vômitos, vertigens e convulsões.  O fungo não é encontrado no líquor e inoculação do mesmo dá resultados negativos. Os sintomas e sinais são inespecíficos, não permitindo separar de outras formas de lesão cerebral expansiva. A doença é grave e tem êxito letal na maioria dos casos, mesmo quando tratados com anfotericina B. 

Fonte.   Duque O.  Cladosporiosis of the Central Nervous Tissue.  in Baker RD (ed). The Pathologic Anatomy of Mycoses. Springer, Berlin, 1971.  p 701 - 718. 

....
 Para mais imagens deste caso: HE Grocott + hematoxilina
....
Para cromomicose no curso de graduação (pele) Peça Lâmina
....
Texto  sobre  cromomicose
....
Módulo Neuro - Página Inicial Outros módulos e-mails  :  [email protected]___[email protected]
Peças - Lista
Lâminas - Lista
Índice  Alfabético  Geral
Banco de Imagens  -  Neuro
Peças - Miniaturas
Lâminas - Miniaturas
Índice Alfabético - Neuro
Textos de apoio
Roteiro  de  Aulas
Neuroimagem - Graduação
Neuromuscular
Pages in English
Neuropatologia - 
Casos Complementares
Neuroimagem - 
Casos Complementares
Correlação 
Neuropatologia - Neuroimagem
Adições recentes
..
..