Este é um caso de linfoma linfoblástico,
que corresponde à leucemia linfóide aguda (LLA). Com esta
doença ocorre o mesmo que com a leucemia
linfóide crônica (LLC) e o linfoma linfocítico,
discutidos anteriormente. Se houver células imaturas no sangue periférico
fala-se em leucemia, do contrário em linfoma.
A LLA / linfoma linfoblástico é caracterizada por proliferação
de células linfóides imaturas ditas precursoras ou
linfoblásticas.
Cerca de 85% das LLAs são de linhagem B e se manifestam na infância
(antes dos 15 anos, pico aos 4 anos) como leucemias agudas com extensa
infiltração da medula óssea e envolvimento variável
do sangue periférico. Clinicamente, as leucemias linfóides
e mielóides agudas apresentam-se de forma semelhante. O início
é freqüentemente abrupto e tormentoso. O acúmulo de
blastos neoplásicos na medula óssea destrói as linhagens
normais, resultando em anemia, neutropenia e trombocitopenia, e portanto,
palidez e fraqueza, tendência a infecções e a hemorragias.
Pode haver dor óssea por expansão da medula e infiltração
do periósteo. Há linfadenomegalia e hepatoesplenomegalia,
mais notadas na LLA que na LMA. Na LLA também são mais observadas
infiltração das meninges, com cefaléia, vômitos
e paralisia de nervos cranianos ou espinais, massas mediastinais (na LLA
de linhagem T) e infiltração testicular.
A LLA / linfoma linfoblástico é considerada um linfoma de
alta agressividade. Contudo, o tratamento quimioterápico também
agressivo, associado a profilaxia contra a extensão do tumor ao
SNC, consegue remissão completa em 90% e cura em cerca de dois terços
dos casos.
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