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(melhor lugar para procurar corpúsculos de Negri) |
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FASCIA
DENTATA : neurônios pequenos e densamente agrupados.
Não se vêem corpúsculos de Negri |
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SUBSTÂNCIA BRANCA (Não há neurônios) | |
A estrutura da substância branca é a mesma em qualquer lugar do sistema nervoso. É composta por axônios mielínicos e células da glia, sendo mais numerosos os oligodendrócitos. Na HE estes têm aspecto característico: o núcleo é pequeno, redondo, escuro e geralmente circundado por um halo claro, dando o chamado aspecto em 'ovo frito'. |
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Os
corpúsculos
de Negri, considerados patognomônicos da raiva, são inclusões
intracitoplasmáticas
em neurônios. São eosinófilas (róseas), redondas
ou ovaladas, de tamanho variável, chegando ao de uma hemácia
(7 mm). As hemácias
são róseo mais claro e alaranjado. Os corpúsculos
de Negri são encontrados no citoplasma do corpo celular ou dos dendritos
e consistem de colônias de virus rábicos. Os locais mais ricos
em corpúsculos são as células piramidais do hipocampo
e as células de Purkinje do cerebelo, mas podem ser encontrados
em qualquer outra região do SNC. É importante notar que,
apesar da riqueza em corpúsculos de Negri no hipocampo, aí
praticamente não se observa infiltrado inflamatório, bem
visível na medula espinal ou no tronco cerebral (ver abaixo).
A localização intracitoplasmática das inclusões virais e ausência de inclusões intranucleares é exclusiva da raiva. Em outras encefalites as inclusões são preferencialmente intranucleares, e só aparecem no citoplasma se já existirem no núcleo. |
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Na medula espinal corpúsculos de Negri são raros (aqui um foi encontrado num neurônio de corno anterior). A principal alteração é reação inflamatória perivascular e no parênquima (formando aglomerados conhecidos como nódulos gliais). Os neurônios, porém, apresentam sinais de lesão, na forma de picnose nuclear e cromatólise central. A cromatólise central é a dissolução dos corpúsculos de Nissl, ficando o citoplasma com aspecto homogêneo (comparar com o neurônio normal de outro caso, embaixo e à direita). Não é específica da raiva, podendo ser observada, por exemplo, após secção do axônio. Os nódulos gliais também são inespecíficos, sendo encontrados em neuroviroses, em infecções por protozoários (como o Toxoplasma gondii, ver lâmina A. 283) e por fungos como a Candida albicans. |
Lâm.
A. 351. Raiva (exemplo de encefalite aguda viral). A
raiva é uma encefalomielite transmitida por mordedura de animais
(cães, gatos, morcegos) e fatal na totalidade dos casos. O virus
penetra em terminações nervosas sensitivas no local da mordedura
e progride pelos axônios ao SNC. O acometimento inicial é
no gânglio sensitivo, seguindo-se medula espinal, tronco cerebral
e restante do encéfalo. O virus depois migra pelos nervos às
glândulas salivares, sendo eliminado na saliva e completando o ciclo.
Macroscopicamente, o encéfalo mostra hiperemia e edema (achados inespecíficos). O diagnóstico baseia-se em lesões inflamatórias (que permitem o diagnóstico de encefalite) e no encontro dos corpúsculos de Negri (colônias de virus no citoplasma de neurônios), que são específicos da raiva. A reação inflamatória é mais facilmente observada na medula espinal e tronco encefálico, onde os corpúsculos de Negri são raros. Estes são mais numerosos em neurônios do hipocampo e nas células de Purkinje do cerebelo, onde praticamente não há reação inflamatória. Essa dicotomia exige examinar um fragmento de bulbo e um de hipocampo, pelo menos. |
Aprenda
mais sobre viroses do SNC em:
Textos de apoio: neuroviroses, raiva Lâminas: Córtex normal A. 267, pólio A. 342 Banco de imagens: inclusões virais, raiva, encefalite herpética
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